A Teoria do Banquinho de três Pernas.
Certamente o utensílio acima é de
conhecimento da grande maioria. Não é difícil imaginar o porquê possuem três
pernas, por questões de estabilidade e equilíbrio. Duas pernas podem ser
insuficientes para sustentar o peso de uma pessoa e podem facilmente tombar.
Com três pernas, o banquinho é capaz de distribuir o peso de forma mais
uniforme e resistir a movimentos laterais, proporcionando maior estabilidade.
Além disso, as três pernas permitem que o banquinho se adapte
a superfícies irregulares e
desniveladas, mantendo-se nivelado. Um banquinho de duas pernas teria mais
dificuldade em se ajustar a essas condições. Portanto, é possível imaginar o
motivo que nos levou a fazer um paralelo entre as relações e um banquinho de
três pernas. Isso mesmo, foi pensando na estabilidade da relação e a
responsabilidade de cada um no processo.
Nota-se que na parte superior do
móvel aparece a palavra “RESPONSABILIDADES” e nas pernas as palavras: “MINHA”,
“NOSSA” E “SUA”. Queremos com isso, chamar a atenção para o fato de que numa
relação, independente do tipo, há sempre a responsabilidade de cada um e a responsabilidade
comum aos envolvidos.
Quando esses elementos estão claros,
a relação tende a se manter estável. O problema começa quando essa clareza não
está presente entre os envolvidos na relação. Podemos dizer que, um dos participantes
da relação, pode controlar a totalidade de sua responsabilidade individual e a
metade da responsabilidade comum entre eles, já que a outra metade pertence a
outra parte. Assim cada um tende a assumir a sua responsabilidade sem avançar
sobre a responsabilidade do outro.
A grande maioria dos desgastes nas
relações surgem quando uma das partes, muitas vezes sem perceber, começa a
querer dar conta da sua responsabilidade, da sua metade da responsabilidade que
é comum a todos, da metade que pertense ao outro e o que é mais grave, assume a
totalidade da responsabilidade do outro. Aí está a receita para uma relação
fracassada.
As consequências de uma relação
fracassada podem ser variadas e podem afetar cada pessoa de maneira diferente.
Alguns dos efeitos mais comuns incluem:
• Sentimento de culpa: muitas pessoas
se culpam pelo fracasso da relação, mesmo que não tenham sido a causa
principal.
•Baixa
autoestima: uma relação fracassada pode fazer com que uma pessoa se sinta
desprezível ou inadequada.
•Depressão: o fim de uma relação pode levar a sentimentos de tristeza,
desesperança e falta de motivação.
•Ansiedade:
dependendo do tipo relação, a incerteza do futuro e a solidão podem causar ansiedade
em algumas pessoas.
•Isolamento
social: o término de uma relação pode levar a uma diminuição da interação
social, especialmente, em casos de relações amorosas em que o casal
compartilhava muitos amigos em comum.
•Desordens
alimentares: também é comum algumas pessoas experimentarem mudanças no apetite
ou no peso após o fim de uma relação.
•Abuso
de substâncias: o uso excessivo de álcool ou drogas pode ser uma forma de lidar
com a dor emocional após o término de uma relação, o que é comum quando um
relacionamento amoro chega ao fim.
É importante levar em consideração
que cada pessoa é única e pode experimentar diferentes consequências após o fim
da uma relação. Um bom número de pessoas que passa por situações assim, acaba
buscando ajuda de um profissional para lidar com seus sentimentos e emoções, o que
é fundamental para reduzir o tempo de recuperação.
Conforme referido acima as relações
amorosas, independentemente de serem ou não formais, são as que levam com mais
frequência a busca por ajuda. Nossa experiência indica que as mulheres são as
que mais demandam atendimento com os profissionais, especialmente os da
psicologia, embora temos visto um aumento na procura pelo homens nos últimos
tempo.
Partindo do princípio de que toda relação é um acordo, fica mais fácil entender o porquê do desconforto emocional, quando um relacionamento chega ao fim. Aqui não se avalia se a relação é boa ou não. É comum em casos de relações complicadas, também ser causa de sofrimento quando acabam
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