PERSISTÊNCIA DE TDAH NA IDADE ADULTA É SINAL DE RISCO PARA ACIDENTES RODOVIÁRIOS.
Um novo estudo reporta que o risco de
estar envolvido em acidentes de
automóvel aumenta para os diagnosticados
com distúrbio de défice de atenção/
hiperatividade (TDAH). O estudo do Jornal da
Academia Americana da Psiquiatria da
Criança e do Adolescente (JAACAP, em inglês),
publicado pela Elsevier, prestou
especificamente atenção à percentagem
de acidentes de carro por adulto, que é 1.45
vezes mais elevada naqueles com histórico
de TDAH em criança, quando comparada
com adultos sem histórico de TDAH.
Os autores também descobriram que crianças
cujos sintomas de TDAH tenham decrescido em
idade adulta não tem risco acrescido em
acidentes rodoviários.
A autora principal Arunima Roy, mestre e
doutorada, e investigadora no Royal’s Institute
of Mental Health Research, na Universidade de
Ottawa disse que, “a TDAH é um distúrbio
comum do desenvolvimento neuronal.
Entre cinco a 75% das crianças com TDAH
pode transportar o distúrbio para a idade
adulta. Pesquisa existente mostra que a
TDAH está associada com mais violações
do código da estrada, dos limites de velocidade,
suspensões de carta e comportamentos de risco ao volante”.
“A probabilidade de comportamentos de risco
ao volante aumenta com a persistência dos
sintomas de TDAH na idade adulta. Pesquisa
anterior do nosso grupo, bem como de outros,
mostra que para além dos comportamentos ao
volante, a persistência da TDAH na idade
adulta pode afetar o funcionamento noutros
domínios. Estes domínios podem incluir
performance ocupacional, sucesso educacional,
funcionamento emocional, uso de substâncias e
envolvimento com a justiça”.
Estas descobertas foram baseadas no Estudo de
Tratamento Multimodal de TDAH, um estudo
efetuado em vários locais que envolve seis
locais nos Estados Unidos e um no Canadá.
O MTA é um dos maiores estudos sobre
estratégias de tratamento para o TDAH e
inclui um braço de seguimento que chega
aos 16 anos.
Uma corte de 441 crianças co TDAH e 231
crianças comparáveis em sexo e idade sem
TDAH, obtidas nas mesmas salas de aula,
foram estudadas entre as idades de 7 e 25
anos de idade.
Os investigadores monitorizaram dados
relativos a sintomas de TDAH, resultados
derivados, e um número de comorbidades,
tais como transtorno de desafiador opositivo,
alterações de conduta, personalidade
antissocial, e uso de substâncias durante a
infância que foi transportado para a idade
adulta.
Os investigadores descobriram que as taxas
de completude da licenciatura eram
comparáveis entre adultos com e sem
historial de TDAH. Ainda assim, os dois
grupos diferenciam-se em taxas de
acidentes de viação quando chegam à
idade adulta. Mais importante, adultos
que continuam com sintomas de TDAH
tiveram as taxas mais elevadas de
envolvimento em acidentes rodoviários
quando comparados com adultos sem
histórico de TDAH (1.81 vezes mais
elevadas). Por fim, as taxas de acidentes
não diferem entre adultos cujos sintomas de TDAH remitiram e adultos que nunca tiveram sintomas de TDAH.
“Os médicos tem de estar conscientes
dos efeitos a longo prazo da TDAH de
infância na qualidade de vida quando
atendem estes pacientes e tomar uma
abordagem holística ao tratamento e
gestão da condição”, concluiu o Dr. Roy.
NR/HN/João Daniel Ruas Marques
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