CARTA ABERTA AO MINISTRO DA
EDUCAÇÃO
TDAH PEDE SOCORRO.
Senhor ministro, venho por meio
desta, respeitosamente, pedir, solicitar, ou melhor, implorar: faça alguma
coisa para minorar o sofrimento das crianças, adolescentes, e principalmente
dos milhares de mães e pais que lutam diariamente para ver seus filhos gozarem
dos mesmos direitos de outros estudantes. Talvez o senhor não tenha
conhecimento, pois para isto seria necessário que estes problemas chegassem ao
seu gabinete, o que me parece não tem acontecido.
É muito doloroso ver pais sendo
jogado de uma escola para outra a procura de vagas para seus filhos. Pior ainda,
para estas crianças e adolescentes, que já no começo de suas vidas, são
obrigados a passar por tal constrangimento. Não posso afirmar que o fato
aconteça em todo o Brasil. Pode ser que em algum lugar “deste País” estes
estudantes gozem da misericórdia dos dirigentes escolares. Contudo, posso
afirmar que em minha cidade o fato é real. Há casos de crianças que em apenas
um ano letivo passam por duas ou três escolas.
A alegação é sempre a mesma: o estabelecimento não tem condições de
lidar com o problema. Dá-lhe transferência e assim o problema vai mudando de
endereço.
Como a maioria das famílias que
passam pelo problema é de classe mais baixa e quase sempre sem nenhum conhecimento
sobre o problema, acaba indo parar no ministério público. O ministério público
por sua vez, acredito que na maior boa vontade, encaminha a família para uma
determinada escola com um documento que lhes garante a matrícula do aluno.
Porém, a garantia é só da matrícula, a permanência do aluno na escola está
condicionada ao seu bom comportamento. Aí senhor ministro, é que a “porca torce
o rabo”. Sabemos que nos casos de gravidade média ou acentuada é muito difícil
a criança se manter dentro desta disciplina por conta própria. Há casos que
mesmo com a adição da medicação não se consegue este controle.
Tenho muita dificuldade em entender
porque o aluno com TDAH não é contemplado com as mesmas políticas destinadas a
alunos com outras dificuldades, como por exemplo, o autismo. Será que o sistema
educacional, discorda da opinião dos vários conhecimentos, inclusive da medicina,
sobre o TDAH?
Imagine senhor ministro, uma mãe
ou um pai, em uma reunião com professores, orientadores, diretores, ouvir que
sua criança não tem educação. É muito comum se ouvir frases assim: “ele é
assim, porque não recebeu educação em casa”. “Minha escola não é obrigada a
ficar com aluno que não quer estudar”. “Aqui na minha escola, o aluno é que tem
que adaptar”.
Sem querer ser catastrófico, pois
me considero até muito otimista, vejo um futuro negro pra estas pessoas. Veja o
senhor, que alguns pesquisadores chegam a afirmar que o percentual de alunos
com este problema pode chagar a 6% do universo de estudantes. Se considerarmos
uma população de 40.000.000 de matriculados em algum nível escolar podemos
chegar a um número de 2.000.000 de estudantes. É um número quase igual
população de uma cidade do porte de Belo Horizonte. É claro que reconhecemos
que a maioria destes estudantes consegue passar pelo problema sem muitas
dificuldades. Porém, os que precisam de ajuda, embora, em número bem menor, se
encontram desamparados.
Sou psicólogo com especialização
em psicoterapia humanista e psicopedagogia. Faço atendimento, inclusive voluntário
a estudantes com dificuldades escolares em uma cidade do Sul de Minas. Esta é
minha experiência na clínica.
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