Como e porque aprendemos.
Existem várias teorias para explicar como e porque aprendemos: a seguir os estudos de dois teóricos da linha humanista.
A Pirâmide de Abraham Maslow.
A hierarquia, apresentada por Abraham Maslow, organiza de forma linear o processo sobre “necessidades humanas”. Esse método é representado em forma de pirâmide, o que poderá facilitar a compreensão para os inressados em seu trabalho. Maslow estabeleceu uma ordem a cada necessidade que o ser humano apresenta durante sua vida, ou seja, uma concepção do desenvolvimento humano. Claro que há algumas variáveis nesta hierarquia pois sabemos que os seres humanos são constituídos por diferenças, por isto não é difícil encontraremos pessoas que obtenham satisfação ou insatisfação das necessidades em diferentes graus, é o caso dos que contentam-se com muito pouco e aqueles, para os quais, nada está bom. A teoria de Maslow quer provar que homens e mulheres tem um projeto infinito de construção pessoal, pois mesmo alcançando o ápice da hierarquia das necessidades, a satisfação é momentânea, logo partem para novas conquistas.
O homem está sempre querendo mais, a conquista tornou-se um ciclo vicioso e necessário, para a existência humana. É preciso refletir sobre a satisfação das nossas necessidades e de forma alguma isto pode apresentar uma resposta coletiva, mas, sim individuais, além disto deve ser baseado na diversidade do ser humano e respeitando eticamente as diferenças existentes. Esta teoria é de grande utilidade para a questão da existência humana, colaborando com o processo de desenvolvimento e mostrando que o comportamento do indivíduo e sua personalidade, são determinados também por suas necessidades, e não podem de forma alguma, serem reduzidos a uma derivação de instintos.
A hierarquia das necessidades de Abraham Maslow, permite que homens e mulheres olhem para dentro de si e para a coletividade, buscando respostas para as constantes duvidas que surgem no cotidiano, além de colaborar para a compreensão da transendência.
O Ensino Centrado no Aluno de Carl Rogers.
A teoria de Carl Rogers sobre processo de aprendizagem trouxe para a educação os sentimentos humanos.
Trazer o sentimento para o ambiente pedagógico foi o “pulo do gato” da teoria, rogeriana, pois, somos regidos por nossos sentimentos, e dependemos deles para toda nossa exeitência.
Ao valorizar a confiança e o amor em sua teoria, Rogers faz uma ponte entre o professor e o aluno . Assim o educador deixa de ser um solucionador de problemas, para a ser um indicador de soluções possíveis, ou facilitador, como o autor preferiu definir. Agindo assim o professor oferece os recursos, sem nenhuma imposição, conferirindo ao aluno uma responsabilidade maior sobre o seu processo de aprendizagem e sobre sua própria vida. Desta forma, o processo irá colaborar para uma formação não apenas curricular, mas também para uma formação existencialista. Para Rogers a apredizagem obrigatoriamente deve mudar o comportamento do sujeito. Deve-se ter muito cuidado ao usar o termo facilitador. Alguns críticos desta teoria, entendem como se fosse um educador que facilita a avaliação, já que Rogers valoriza muito a autoavaliação. Porém, isto não procede, pois na avaliação do professor rogeriano há mais complexidade do que na avaliação tradicional. Nesta forma de avaliação há có-responsabilidade do aluno no processo de avaliação.
Esse método torna a avaliação bem mais ampla, diminui os riscos de reprovação de um aluno aplicado e que poderia estar com algum problema durante a única avaliação. Para Roges o facilitador é o educador que facilita o processo de aprendizagem indicando caminhos. É falsa a afirmação de que a teoria rogeriana diminui a responsabilidade do professor, pelo contrário, aumenta, pois agora o educador estará presente em outra realidade que pode trazer novas dificuldades, como por exemplo uma avaliação mais complexa. Para uma aprendizagem plena, é determinante a participação paralela entre educando e educador.
Em seu método Rogers defende a idéia de que a aprendizagem não ocorre quando apenas uma das partes se pré dispõe, e com toda razão, educando e educador devem entender-se como conjunto, como engrenagens do processo de aprendizagem. Os educandos deste método de ensino estão mais expostos e aptos ao convívio em comunidade, essencial para o amadurecimento do indivíduo. Para o humanismo toda relação humana é aprendizado. Assim o educador perde o rótulo de líder no processo pedagógico e transforma-se em parte dele e colabora para a construção da consciência interna de cada indivíduo e sem dúvida é retribuído por cada um deles, com maior participação e interesse do educando.
Aulas mais dinâmicas são um importante aspecto da aplicação pedagógica da teoria de Carl Rogers, e sem dúvida alguma este é o objetivo mais buscado pela maioria dos educadores na atualidade.
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