OBESIDADE INFANTIL
Hamburgers, nuggets, fast food, junk food, batatas fritas, enlatados, sorvetes, doces, chocolates…ufa, essa verdadeira orgia calórica cada vez mais faz parte da rotina alimentar de crianças e adolescentes
Além disso, vivenciamos a geração do Computador, Orkut, Ipod e controles remotos. Crianças e adolescentes passam praticamente todo seu tempo livre presos à salas de bate-papo virtuais e à programas televisivos, deixando de lado atividades esportivas, tornando-se cada vez mais sedentárias.
Fato é que a obesidade infantil tem preocupado médicos, pais e familiares de crianças e adolescentes em todo o mundo. Pode-se dizer que a obesidade infantil tem uma origem multifatorial, onde fatores genéticos, psicossociais, psicológicos, hábitos alimentares e atividade física desempenham papel importante no desencadeamento dessa condição clínica caracterizada por ganho de peso excessivo, comprometimento da saúde física, dificuldades de relacionamento social, prejuízos na prática de atividades esportivas e perda da auto-estima.
Bem, com essas informações, um grande mito relacionado com a obesidade é desfeito, o mito de que a obesidade é resultado de problemas endocrinológicos. Uma vez que causas metabólicas e hormonais representam apenas 1% dos casos, não faz sentido a prática de se encaminhar crianças e adolescentes obesos ao endocrinologista.
Casos como o do garoto ingês Connor McCreaddie reforçam a idéia do que a desinformação de pais quanto a hábitos alimentares saudáveis, falta de limites e inatividade física podem prejudicar o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.
Alguns dados estatísticos descrevem que cerca de 25% das crianças obesas em idade pré-escolar serão obesas quando adultas; esses valores se elevam para 40% quando levarmos em consideração crianças obesas aos 7 anos de idade; 75% quando obesas aos 12 anos de idade, chegando a incríveis 90% dos adolescentes obesos serão adultos obesos!
As principais complicações clínicas relacionadas com a obesidade são: aumento do colesterol, hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, morte súbita, acidente vascular encefálico (derrame cerebral), diabetes melitus,dentre inúmeras outras conseqüências.
Pais, familiares, professores e profissionais da saúde devem estar atentos ao problema e a busca de tratamento deve ocorrer o quanto antes. Uma boa conversa com o médico pediatra de seu filho pode ser um bom começo para a resolução desse problema.
Dr. Gustavo Teixeira
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